quarta-feira, 5 de agosto de 2015

PRAÇA DO PÔR DO SOL DOS MEUS SONHOS






“Frank Zappa is God” é a revelação incrustada no banco em forma de anel

Crianças brincando no playground coalhado de embalagens de fofura sabor churrasco, garrafinhas de smirnoff ice e caixas de big mac ainda quentinhas

Gueto City Man! Alô Roberto Piva que fez versos para a Praça da República, incluindo sua febre e suas pombas crucificadas!

Essa é para você, Duke! Poeta da metrópole calcinada!

Esse poema-passível-de-processo feito com as sobras de inscrições, pichações e impropérios da Praça Custódio Pinheiro

Que os Marofeiros de Deus chamam de Pôr do Sol

"There’s nothing in our way that can’t be loved"

O tratador de cachorros se irrita com o Labrador que se enrosca em suas pernas e o chuta, mas logo se arrepende e olha para ver se ninguém testemunhou. O cachorro engoliu o próprio rabo

Sente a natu

Night bikers só chegarão à meia-noite, mas já dá para ouvir as correntes das bicicletas ronronando.

Só eu. E ela. E uma réstia de sol. E o menino que escala totens de madeira como se tivesse vivido mil vidas. E o outro menino a caminho.

No dia 21 de dezembro de 2012 estivemos nós e mais de uma centena aqui para esperar alegremente o fim do mundo dos maias com piqueniques de vinho chileno e tábuas de frios do Carrefour.

Et puis je fume.

E Garcia Lorca espera pelo dentista, e os mictórios são árvores vigiadas pelas câmeras das casas cheias de casamatas e arame farpado.

Sunset Square de pequenos traficantes sorrateiros que somem sob as árvores e nunca mais aparecem e praticantes amadores de malabares.

Amanhã a gente volta.

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