Lágbájá é uma palavra em ioruba que quer dizer “ ninguém em particular”.
Tem mais de 20 anos que o ídolo nigeriano de afrobeat Lágbájá toca seu sax e canta mascarado, o que o projeta como um fenômeno parecido com os mascarados do rock e do pop – Slipknot, Daft Punk, entre outros. A máscara, ele explica, é para indiferencia-lo dos homens comuns, mas o nome dele mesmo é Bisade Ologunde. Mas jamais canta com sua identidade verdadeira por motivo ideológico.
“Não tenho nada a esconder. Apenas quis cumprir minha rota sem ter que fazer o jogo da celebridade”, explica o musico, que fez seu primeiro show mascarado em 1983.
A diferença está no ritmo. O som de Lágbájá, que se apresenta nesse momento no JazzFest de New Orleans, e do tipo que provoca reações epiteliais imediatas. O corpo dança. A aparente simplicidade esconde variações harmônicas sofisticadas.
Ele abriu com sua banda de três percussionistas, bateria e teclados, mais uma cantora de apoio, com um mix de ritmos e hits que incluiu Fio Maravilha, de Jorge Benjor. Ele vocaliza mais do que canta, faz mais scats do que versos. Nao esta procurando pela palavra, mas pela emancipação do som da palavra.
O afrobeat de Lágbájá tem base no dos mestres do genero, como o grande Fela Kuti. Mas deve menos ao jazz de Roy Ayers e outros. Esta somente a serviço da festa. O musico não usa também sintetizadores em excesso nem drum machines. Muito orgânico o som dele. Uma maravilha.
Ele nasceu em 1960 em Lagos, na Nigeria. Era produtor de estudio, fazia jingles. Teve um insight e virou um mistério dançante.
Um comentário:
Que figura o sax mascarado! Não conhecia.Vou procurar ouvir.belas fotos meu velho!abs toy
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