quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PARA OS MENINOS DA USP


o grande, inimitável, fantástico, fenomenal, fundamental e genial LAERTE















os garotos da usp acordam o país.
os rançosos & invejosos & travados querem a pele deles.
eu, da minha parte, queria é estar entre eles.
diversos tipos de reacionários saíram dos esgotos.
tem o tipo clássico, aquele que diz: "eles fumam maconha, ouvem pink floyd e é tudo uma bosta, não vão chegar a lugar algum".
sem discutir o mérito da coisa, mas eles têm 19 anos e uma experiência de vida nunca substitui a outra. têm o direito de fazer a mesma coisa que os velhacos fizemos.
para errar ou acertar onde nós erramos.

tem o reacionário estilo datena, que quer ver criança tomando borrachada da polícia.
esse tipo aí eu não quero nem comentar. freud é que deveria estar se ocupando dele.

tem os tecnocratas, os que veem ilegitimidade no movimento.
eu NUNCA vou achar uma reinvindicação injusta.
ela tem sempre sua razão.

tem os que chamam os estudantes de "vagabundos" por estarem discutindo política em vez de estudando.
ora, tirando o lula, quase todo mundo que tem alguma expressão no mundo político brasileiro já foi "vagabundo" no movimento estudantil: serra, fhc, marta, mercadante, lindbergh farias, dilma, aloysio, ciro gomes.
todo o espectro político nacional.

tem os que colocam o efeito antes da causa.
estudantes seriam "vândalos", por destruir patrimônio público.
ora, duas ou três faixas e palavras de ordem não vão macular patrimônio público.
ademais, se houvesse mesmo preocupação com isso, as faculdades não estariam caindo aos pedaços, sem ar condicionado, sem limpeza, sem materiais de banheiros, sem manutenção.
isso é que é depredar o patrimônio público.

estou espantado com a reação carola e burra contra os garotos da usp.
talvez a maior reação advenha daqueles que já desistiram de mudar o mundo.
agarram-se a slogans moralistas (ORDEM, VIRTUOSIDADE, OBEDIÊNCIA).
isso tudo me cheira a mofo e puxa-saquismo.

bora mudar o mundo, garotada.
enterrem o ex-marxista fracassado que virou colunista de jornal e hoje escreve para agradar ao patrão (notem que ele critica tudo, menos o deus-patrão).
enterrem a desonestidade dos que chegam à questão com parti pris, com pontos de vista já tomados para desmoralizar vocês.

e polícia para quem precisa de polícia.

53 comentários:

Anônimo disse...

Universidade é lugar de estudar e não de fumar maconha. Papelão galerinha da USP, nunca vi isso na UNESP, quem quer fumar fuma fora do campus.

el pájaro que come piedra disse...

Universidade é lugar de viver, meu caro Anônimo. O mundo não para só pq a gente está na universidade.

Agora vc tá me saindo um bom piadista: "Nunca vi isso na Unesp!"

Hahahahahahahahahahahaha

Anônimo disse...

Belo texto, Jota! Parabéns! Saudade de vc e de nossos encontros nos corredores do jornal... Já te procurei por aí - vc anda pelas redes? beijo grande,
Isadora Grespan

Bruno Yutaka Saito disse...

Fala, Jotabê. Belo texto. A cada dia frequento menos as filas de banco. Te falo isso porque agora a fila de banco é virtual e o senso comum está mais acessível. É de assustar! Lutar contra o senso comum é que nem enxugar gelo. Me lembrei dos 2 minutos de ódio do 1984/George Orwell. Abs

Jaqs disse...

Olha, não sou contra os alunos da USP, sou contra eles não terem nenhuma solução pra reclamação deles. Eu estudo lá e não vejo liberdade nenhuma em andar com medo dentro do campus, ao contrário disso, sou prisioneira do medo. A USP minha gente virou terra de ngm, não to falando de maconha, na boa, isso pra mim é coisa de begginer. Mas é foda sair do IME a noite com medo da própria sombra, aquelas ruas escuras, portões abertos pra quem quiser entrar etc etc. A polícia pode até não ser a solução pra segurança do campus, mas é o que tem pra hoje. Se não querem a polícia lá, beleza, adoro, eu tbm não sou grande fã da PM, mas prefiro a presença deles do que ser morta, assaltada ou violentada.
Com relação a depredação do patrimônio público, nunca vi nenhuma "revolução" que ngm nao quebra nada, isso é natural, mas eles estão parecendo um bando de barata tonta, qual a solução pro problema? Eles deveriam ser mais claros com relação a isso.

Anônimo disse...

Hoje de manhã em meu banheiro fiz uma revolução mais séria do que essa da USP. Revoluções começam com bons argumentos e essa manifestação não tinha fundamento algum. Alunos presos por porte de drogas? A PM estava no campus por conta do assassinato de um aluno. A prisão foi a PM fazendo sua função. A polícia trabalha pra isso. Me parece que a juventude encalacrada na reitoria é tão tacanha e reacionária quanto o governo e os meios de comunicação que ela tanto combate. O país tem problemas maiores que esses.

el pájaro que come piedra disse...

Jaqs, entendo perfeitamente a sua apreensão. É duro viver com medo. Mas, pelo q sei, a área externa da USP, no Jaguaré, é ainda mais assustadora. Diversas pessoas perderam a vida ou foram assaltadas nos faróis. A polícia sempre pode agir ali, e mesmo assim nunca agiu.
Vejo demagogia da polícia e da reitoria nessa "intervenção". É uma ação de tom meio publicitário.

Jaqs disse...

e mais uma vez eu te pergunto, tira a policia e ficamos como? a Deus dará? Vou te contar uma coisa, ele não vai dar nada... :(
Mas se apresentarem qualquer solução que não seja a polícia beleza, mas ngm sabe.

el pájaro que come piedra disse...

Minha resposta ao segundo "Anônimo":

Parece que a sua revolução de banheiro é realmente a coisa mais sofisticada que vc consegue perpetrar, meu caro.

Todos sabemos que, se a PM fosse realmente tão ciosa, não haveria cracolândia em SP. Como este é um problema insolúvel, foi atrás de alguma pirotecnia na USP. É um choque de moralismo, não de segurança pública.

Jaqs disse...

Qd mataram o aluno lá dentro, ninguém destruiu ou pediu para que algo fosse feito.

Podemos continuar aqui pra sempre, o fato é que hoje, infelizmente, prefiro a PM lá dentro, mas não sou contra eles reivindicarem, eles tem tempo e o direito de fazerem isso.

Anônimo disse...

É isso aí, so espero que perante a turba enfurecida os argumentos da moçada não fiquem aguados.



"revolução de banheiro" ahahahahahahahahahahhahahahaha

Anônimo disse...

El Pajaro, não sei se minhas obras na latrina são sofisticadas, isso fica a seu critério. Mas elas tem mais conteúdo do que sai das cabeças e das bocas desses pessoal. Sou a favor da legalização maconha, da democracia, de mudanças radicais nas políticas de segurança pública, etc, etc, etc. É tudo tão relativo...talvez estejamos todos certos. Ou errados.

el pájaro que come piedra disse...

Jaqs, infelizmente a USP não é um planeta fora so Sistema Solar. A violência que assola São Paulo e o País como um todo também respinga lá. E é justamente por não ser um planeta à parte que não faz sentido uma presença fantasiosa da polícia. Que, por sinal, começou esse conflito não para coibir a criminalidade, mas para reprimir uso solitário de um baseado. Cá entre nós: grande ação policial...

ricardo aguieiras disse...

Que triste é o mundo que acha que pode dispensar a transgressão1 Triste, trágico, vazio, engodo cruel...
Ricardo Aguieiras
aguieiras2002@yahoo.com.br

elgroucho disse...

Ah eu já vi isso na Unesp.

Jaqs disse...

e é o que eu disse, vc tbm não tá dando nenhuma outra opção.

Anônimo disse...

Todo mundo sabe que a violência em são paulo rola solta e que polícia nenhuma da conta disso, e o motivo é incompetência mesmo.

Mas tirar a PM da USP vai ser só mais uma coisa pra piorar o medo e a falta de liberdade.

Guarda estudantil? São outros maconheiros que vão fazer parte dessa guarda? Que armas essa guarda estudantil teria? Como essa guarda estudantil poderia prender alguém? Derrubar e imobilizar alguém? E o treinamento? Quem serão os "amigos" dessa guarda?

El pajaro...
A grande questão não é na cidade de São Paulo inteira, não é cracolândia, favelas ou itaquera...a "revolução" na USP começou pra tirar a PM da própria USP, não pra fazer ela dar mais segurança pra todas as pessoas de sp.

Consumidores de drogas ilícitas financiam boa parte da violência em São Paulo (pelo menos até a maconha ser liberada). Têm que ser presos mesmo.

Estranho! Ninguém fez pirotecnia nenhuma quando mataram o estudante na garagem. Mas quando a PM fez o que devia fazer, prender pessoas com posse de drogas, agora querem fazer uma revolução...

E, até onde eu sei, quem começou com pirotecnia, antes da PM ou ROTA, foram os estudantes.

Anônimo disse...

Não há solução para essa idiotice nem de um lado nem de outro. Pobre de nós seres humanos totalmente previsiveis, instintivos, limitados, finitos, insuficientes, mal resolvidos, que achamos que o que fazemos tem alguma importância. Vai tomar uma cerveja ao invés de ficar brigando.

nana tucci disse...

Quem defende a ocupação da PM na USP deveria prestar a atenção no desenho do Laerte que ilustra esse post. #ficadica

Emerson Chiwbacca disse...

Muitíssimo obrigado! É ver apoio vindo de algum lado!

Felipe disse...

Parabéns jotabê por sintetizar tão bem o que muita gente sente com este episódio.
Abs
Felipe Lavignatti

Unknown disse...

Me formei na USP há poucos anos. Meses atrás, eu comentava com amigos que achava problemático colocar a PM na USP. Alguns discordavam, dizendo que a USP deve se sujeitar às leis do país. Eu respondia que por mais que a segurança por lá esteja em frangalhos, existe um problema conceitual em permitir que órgãos governamentais exerçam controle sobre um ambiente que deveria ser de vanguarda intelectual, um local onde começam as mudanças sociais.

Mas hoje, não posso concordar com a atitude dos alunos. Não estou contra eles, veja bem - estou contra motivações equivocadas e ações negativas.

Primeiramente, existe um motivo para a maconha ser proibida no país. Eu mesma tendo a favorecer a liberalização, mas essa é uma questão legítima em que os dois lados têm argumentos válidos.

Minha opinião é a de que se você escolhe fazer algo ilegal por um prazer pessoal, como é o caso, deve estar pronto para as consequências. Se traficantes começassem a tomar conta da USP, os estudantes ficariam horrorizados e culpariam a falta de segurança, esquecendo seus próprios papéis nisso tudo. A culpa, como sempre, cairia no "governante", que nesse caso é o reitor. Mas a consequência é a "caretice" dos policiais...

Os estudantes que foram abordados pela PM provavelmente teriam sido liberados sem grandes problemas, não fosse a falta de bom-senso dos demais presentes. Mas eles decidiram ser "revolucionários", brigar por uma USP em que só quem quer fumar tem direitos. Uma questão legítima virou uma palhaçada por conta da leviandade de alguns. A maconha nunca deveria ter sido o estopim para esse protesto, e o que está acontecendo só serve para tirar a legitimidade da questão.

Espero que ninguém venha me dizer que o estopim não foi a maconha. Eu estudei na ECA, lá onde há brigadeiros com maconha circulando livremente, e onde quem não gosta do cheiro não consegue entrar no CA. Quem não quer fumar é o caretão. Quem não quer encher a cara, e invadir salas em que os alunos estão estudando para chamá-los de alienados, é massa de manobra, é imbecil. A realidade é que essa liberdade por que nossos pais e avós lutaram hoje é excessiva, a ponto de generalizar uma atitude mimada e míope e impedir que os nossos estudantes olhem para questões realmente urgentes.

Toda polêmica tem suas nuances, claro. A PM está despreparada para atuar no ambiente universitário, ou em qualquer ambiente, pra ser realista. Não é por isso que temos que glorificar os estudantes e censurar os PMs. Se eles foram mal-preparados e mal-pagos para o trabalho que executam, é preciso encontrar saídas, e talvez protestar por elas, de modo que não seja incoerente com o que é reivindicado. Depredar a reitoria, arrancar a PM do câmpus não resolve nem a questão de liberação da maconha, nem a liberdade de expressão, nem o problema da falta de segurança.

Quando entrei na USP, tinha a ilusão de querer fazer parte do Movimento Estudantil. Mas nas primeiras reuniões no CA, já descobri que as preocupações da galera estavam perdidas em algum lugar entre as décadas de 70 e 80, muito desligadas das questões sociais, políticas e ambientais realmente importantes do nosso tempo.

Os "revolucionários" de hoje na USP sonham com os revolucionários de ontem, se perdem numa ideia ilusória de que estão fazendo o mesmo. Barricadas, invasões e protestos eram legítimos quando estávamos sob ditadura. Hoje, depredar, pichar, roubar não tem nada de revolucionário. Não me lembro de ter visto ninguém invadindo a reitoria nos protestos por segurança na USP. No contexto atual, esses são atos infantis de quem acha que ser universitário faz de si um revolucionário.

Desculpe o comentário gigante, mas enfim, cansada da polêmica polarizada em bandidos e mocinhos, dedos apontados e nenhuma proposta realista.

Eu quero uma revolução consciente e construtiva. Quando a galera quiser realmente isso, e suas atitudes refletirem essa vontade, estarei com eles.

el pájaro que come piedra disse...

Êpa: só gente boa por aqui hoje!
Bruno Saito, Lavignatti, Aguieiras, Chewbacca!

Grande honra!

É isso aí. Se a gente não encara as boas lutas que a vida nos apresenta, não há porque viver, certo?

Anônimo disse...

Certo...estão nos acusando de frígidos ideológicos só porque apoiamos a PM (mesmo com todos os defeitos, mas ainda melhor do que uma "guarda estudantil") na USP.

Pra quem acha isso, repito o que disse um outro anônimo aqui mesmo.

"Revoluções [ideologias] começam com bons argumentos e essa manifestação não tinha fundamento algum."

Se vocês querem mudar alguma coisa, fazer alguma coisa que vai fazer vocês se sentirem importantes, comecem com alguma coisa que faça sentido!

Eu não entendo a beleza de uma manifestação ou de um protesto sem um argumento plausível!
Sem um motivo convincente, um protesto que poderia ganhar muito mais adeptos vira só uma baderna de uns estudantes que não tem muito mais o que fazer.

Só mais uma coisa:
Pixar as paredes internas de um prédio público é TAMBÉM depredação de patrimônio público.
Se vocês não concordam com o descaso administrativo com relação as escolas públicas [inclusive com relação a infra-estrutura da própria USP], poderiam começar evitando a depredação do prédio que comanda o funcionamento da universidade em que vocês mesmos estudam.

Esse post é muito bonito quando critica um homem sem valores e quem não luta por nenhuma ideologia, mas falta a parte prática e racional:

Tirar a PM da USP pra deixar os maconheiros fumarem em paz é um ABSURDO sem amparo nenhum na lógica!

Lógica, aliás, é de onde deveria vir todas as revoluções e protestos.

Jaqs disse...

Assino embaixo do que a Carol disse.
Finalmente algo interessante e que faz sentido.

el pájaro que come piedra disse...

Alguns comentários aqui resvalam numa espécie de paranoia preventiva. "Se" as drogas entrarem na USP e "se" a violência se alastrar...
Vamos com calma, gente.
Já vi sociólogo da novíssima safra de neocons dizendo que a ditadura militar teria sido uma forma de prevenir uma ditadura do proletariado. Matar e torturar seria legítimo para se proteger de algo que poderia sobrevir no futuro.
Vocês ainda são garotos, não assumam esse papel. Lutem pela liberdade, não pela restrição da liberdade em nome de uma segurança ilusória.
No mais, estou gostando de todo o debate. Todos vão concordar que é muito mais saudável debater livremente - e que 22 viaturas da Tropa de Choque para prender três garotos que fumavam maconha não é uma façanha que assegure nem a segurança nem a liberdade de ninguém.

Anônimo disse...

Excelente texto, parabéns.

Victor Sá disse...

Boa!! assino embaixo. e, me auto promovendo, convido todos que gostaram do texto a visitar meu blog. quem não concordou com o texto, não precisa vir, não.
www.victorsas.wordpress.com

Anônimo disse...

Expulsa esse bando de maconheiro e da as vagas pra quem quer estudar.

Ale Lopes disse...

Os anônimos deveriam mostrar suas caras, para iniciar qualquer conversa...coisa feia se esconder atrás de um nada. Quem ouviria um anônimo?????

Anônimo disse...

Belo texto!!!!!!!!

Valeria Washington disse...

Se invadir a reitoria para escrever "invada a reitoria dentro de você" é mudar o mundo:
ESTAMOS FUDIDOS!!
o mundo vai acabar em gotas de pinho alabarda!!!

Anônimo disse...

Vem cá, quem os estudantes da USP são pra dizer se a polícia deve ou não ficar no campus? Eu moro em uma favela no Rio de Janeiro, posso escolher que a PM não entre mais aqui? Ah, esqueci. Os estudantes são um bando de filhinhos de papai endinheirados que tiveram dinheiro pra pagar o cursinho. E aposto que preferem ficar bebendo cerveja e fumando maconha do que aproveitar de verdade as aulas. Eu trabalho o dia inteiro pra pagar a minha faculdade e não tenho o direito de escolher se a PM vai agir ou não do lado da minha casa, trocando tiros com traficantes que são sustentados por estes mesmos filhinhos de papai. Ok entendi. Grande transgressão.

Raziel disse...

Maconheiro é foda.

Acha normal enfrentar a polícia por estar fazendo o trabalho dela, mas não faz um protesto da mesma magnitude pra protestar contra a corrupção ou contra as leis.

E ainda chamam de "reacionários" ou "qql coisa" quem discorda das idéias dos anos 60.

Bem, espero que haja expulsão desses maconheiros e que seja dada a oportunidade para cidadãos estudarem.

Anônimo disse...

ao anonimo favelado do rj: eu não sou filhinho de papai e estudei na usp. ralei o cu de tanto estudar, faz o mesmo que vc não vai precisar gastar o seu dinheiro com faculdade particular. ademais, não importa se são filhinhos de papai, milionários, herdeiros. importa que a liberdade de expressão das pessoas, quem quer que sejam, seja respeitada. se vc não quer a pm na sua quebrada, organiza um movimento.
raziel, quer dizer que maconheiro não é cidadão? fumante tb não é cidadão? mulher que aborta não é cidadã? gay não é cidadão? todo mundo contra a lei! que ideia é essa rapa? pacato cidadão, te chamei a atenção não foi a toa a não. isso é fascismo. fica esperto. vai que vc é negro...e negros tb não eram cidadãos no passado, certo? que coisa mais besta.

Anônimo disse...

"na UNESP, quem quer fumar fuma fora do campus."
Meu caro, você tem certeza que conhece bem a faculdade na qual estuda? Porque eu faço USP e meu melhor amigo faz Medicina na UNESP de Botucatu, o que eu sei é que ele tem conhecimento de pessoas que fumam maconha DENTRO do campus e até festas com o nome de "Metelança" que são "open de lança". Informe-se melhor! ;)

Anônimo disse...

Estudei na USP (Letras) de 1968 a 1971 e concordo com a Carol.

Anônimo disse...

Ao anônimo que me chamou de favelada do Rio de Janeiro:

Vem morar numa favela e ver o que é uma rebelião. Vem aqui ver se dá pra organizar um manifesto e quais as consequências disso. Vc deve provavelmente comprar sua maconha, e achar que ela é fabricada no saquinho. E achar que transgride alguma cvoisa fumando ela no campus, ou na sala da sua casa de classe média. A minha filha sofre as consequencias da sua "liberdade de expressão"quando ela não pode ir a escola por causa de um toque de recolher. Quer protestar? Protesta pela legalização da porcaria que vc fuma. Protesta por educação de qualidade nesse país. Protesta por alguma coisa que realmente valha a pena pra todo mundo. Aí eu vou te agradecer. Eu não tenho conta do google, nem blog, nem nada disso. Mas meu nome é Cristina Canolli Pereira e moro na Rocinha. Sou o que vc chamou pejorativamente de favelada.

el pájaro que come piedra disse...

A pior confusão que vocês podem fazer aqui é entre o consumo de um baseado por estudantes e a natureza das reinvindicações estudantis na USP.
Além do mais, houve abuso e excesso policial na USP, o que levou à radicalização do protesto.
Peço que leiam um pouco a respeito, há um manifesto do movimento estudantil esclarecendo.
O discurso moralista e violentamente classista turva o debate, tenham serenidade.

Anônimo disse...

Já que usou o quadrinho para expressar o "movimento" indico um outro do Angeli muito bom: "Psico Burguês:A revolta dos Babacas", sintetiza tudo!

el pájaro que come piedra disse...

Vejo que muita gente discute aqui com base no argumento da legalidade. Meu texto se alicerça no território dos princípios.

É uma diferença substancial. A legalidade pode ser questionada sempre. Se o Congresso vota contra o projeto Ficha Limpa, mesmo o Congresso representando 200 milhões de eleitores, é um admirável e bonito esforço mobilizar-se para reverter tal decisão. Mesmo que apenas 70 eleitores o façam. O mais bonito da democracia é justamente respeitar a reinvindicação que é minoritária.

As piadinhas quanto aos "maconheiros", sinceramente, não se qualificam como argumentos.

Quanto ao último Mr. Anônimo aqui, que fala da "Revolta dos Babacas", digo o seguinte: tenho certeza que não é o fato de eles serem supostamente "babacas" que te incomoda. Mas é o fato de serem valentes e demonstrarem capacidade de se mobilizar pelo que acreditam.
Fossem eles apenas "babacas", não seria o caso de você se incomodar tanto, seria?

Anônimo disse...

Valente é quem sai pra trabalhar cedo todo dia... a "militância" é vazia, estão dentro da esfera dita "pública" defendendo seus interesses privados... e na verdade não incomoda não, mas como a mídia tá explorando o caso, tô dando meus "pitacos"... hehehe Pepe Legal, Mickey Mouse! Belos slogans.

el pájaro que come piedra disse...

"Valente é quem sai para trabalhar todo dia".
Parece uma frase de um romance do Charles Dickens. Acorda, a noção de trabalho mudou, e a política, a filosofia, a arte, o delírio, tudo isso é trabalho. Facebook é trabalho. Twitter é trabalho.
Esse seu raciocínio é caduco, vem de gente que teria mandado o Van Gogh para erguer castelos como carpinteiro.
Agora numa coisa você tem razão: a mídia está explorando o caso. Numa única direção, com uma opinião monolítica. E você é alvo preferencial dessa opinião monolítica.

Anônimo disse...

Se tudo é "trabalho", agora entendo porque vc leva a sério o "delírio" adolescente da estudantada... no mais vc me diz que sou "alienado" pelos meios de comunicação... análise mais caduca do que essa... eita "vanguardinha iluminada"!

el pájaro que come piedra disse...

Não disse que você é alienado pelos meios de comunicação. Disse que você só repete o que ouve, e não propriamente com algum toque de originalidade...
Meios de comunicação também erram, não são expressão iluminada da verdade. E também são enganados - basta ver que foram todos surpreendidos pelo subprime norte-americano.

Mas não fiquemos magoados. Apreciei a sua visita aqui.

Anônimo disse...

Pois é... o "movimento estudantil" se repete a décadas, com aqueles mesmos jargões e posturas autoritárias disfarçadas de libertárias, não é nada original não é mesmo? Nostalgia barata dos antigos hippies, bem engraçado de ver nos dias de hoje: Caricaturas nefastas invadem a reitoria, e fazem "revolução" sem fazer nada... admita cara, não diga que oque fazem é "trabalho", estamos desperdiçando nosso tempo aqui,somos vagabundos natos! hehehe

Willian Sogiro disse...

Esse texto expressa exatamente o que eu penso a respeito do assunto. Quem sabe um dia nos livraremos da ditadura ideológica e dessa inércia da população em relação aos fatos atuais mais importantes que um simples protestos, como a corrupção por exemplo!

el pájaro que come piedra disse...

Sim, o movimento estudantil se repete HÁ décadas.
A humanidade também se repete há milênios.
Não é curioso?

marília disse...

Finalmente. Sou de fora de São Paulo, não estudo da USP, mas também sou de uma federal. Não gosto da PM, me causa ojeriza. Tento não generalizar, achar que eles não são todos uns bostas que só fazem trazer vergonha para o país, mas é difícil. Já presenciei coisa de revirar o estômago.

Procurei na internet algum lugar em que houvesse apoio em relação à causa da USP. Já estava quase desistindo quando achei esse post. Finalmente... parece que tá todo mundo seguindo o mesmo barco, as mesmas ideias mastigadas por aí. É bom ver quem pensa diferente. Eu ainda não sei se sou contra ou a favor, mas sou simpática a greves e protestos, também. Só precisava ver o outro lado. Um lado só eu não aceito. Ninguém mastiga por mim.

Ana Paula disse...

João, que saudades!!! Concordo com você plenamente. (Ontem, por coincidência, eu e a Maria Alice falávamos de você). Me deu uma nostalgia dos nossos tempos na UEL. Adorei seu texto, como sempre primoroso. Bjus.

Mauricio Vaz disse...

Curti o texto!!

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e pelo comentários a galera ta braba =D

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queria saber por que as pessoas são tão contra protestos, e ficam bravas que são chamadas de alienadas

acho que curtem ser escravo do sistema, da sociedade \o/

assim como na Usp o mundo inteiro esta protestando e ocupando, e galera ocupado em "trabalhar" nem sabe o que ta rolando, mas a luta do cigano viu, e o gol neymar tbm,

Rodrigo garcia Lopes disse...

É isso aí, Jotabê!
abraço
R

Gervas disse...

Mastigamos rebeldia e arrotamos conservadorismo

Na mente e nos corações não há espaço para rebeldia. Isso nos transforma em seres bovinos que dizem amém a tudo. Nossos jovens já estão velhos e sonham com uma aposentadoria confortável...

http://gervamartins.blog.uol.com.br/arch2011-11-06_2011-11-12.html#2011_11-09_19_47_58-133864374-0