quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O FANTASMA DO GOLPE


Manifestantes equatorianos tentam chegar ao Hospital de La Policía esta tarde
José Jacome/EFE










A historiadora gaúcha Simone Flores, 45 anos, funcionária do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), desembarcou ontem à noite em Quito, Equador. Simone, que tem uma filha de 22 anos e uma neta, foi representar o Brasil num encontro de museus. Com ela, estão hospedados no Hotel Quito, na Avenida González Suárez, cerca de 60 pessoas, representantes da museologia do Uruguai, Espanha, Colômbia, México, Peru.
Falei com Simone há 15 minutos.
"O clima entre a gente é de ansiedade. Recomendaram que não saíssemos do hotel. A recomendação é dos organizadores do evento, que são do Ministério da Cultura do Equador. O aeroporto está fechado. Daqui a gente não vê nada, o clima no centro da cidade é que é mais delicado", ela contou.
"O noticiário está normal, e a internet, o telefone, está tudo funcionando. Soube que o presidente (Rafael Correa) está num hospital da polícia. Soube também que foi decretado estado de emergência. As pessoas que estão aqui e são da cidade estão preocupadas, especialmente os diretores dos museus que ficam no centro. Estão preocupados com os seus funcionários. Nos acolheram muito bem, o congresso está continuando - terminamos mais cedo hoje para as pessoas que vivem aqui poderem ir para suas casas.
Não houve nenhum pronunciamento. Na TV, a cena mais forte é presenciar as pessoas viverem essa ansiedade novamente."
Simone é coordenadora do Sistema de Museus do Rio Grande do Sul. É a única brasileira no evento, no qual representa também o Sistema Nacional de Museus do Ministério da Cultura. Tem uma amiga colombiana entre os participantes.

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