segunda-feira, 20 de setembro de 2010
COMO SE FOSSE EM LONDRINA, 1982
foto: marie madeira/agência fadas
"Quando estava na faculdade (Universidade McGill de Montreal) e comecei a escrever a a ter contato com outros escritores da cidade, tínhamos a sensação de que o que fazíamos era muito importante porque não havia público. Não estávamos em Londres ou Nova York - não tínhamos o peso do establishment literário a nos dizer o que era possível e o que não era possível fazer. Não havia restrições. Tínhamos a sensação de viver uma ocasião histórica a cada vez que nos reuníamos para beber cerveja. Nós nos achávamos famosos com 16 ou 17 anos, e acho que isso nos deu uma forte sensação de identidade. Irving Layton acredita que isso - essa forte sensação de identidade - é essencial para a sobrevivência do escritor, porque caso contrário ele pode sucumbir. A atmosfera dos nossos encontros e reuniões em cafés de Montreal ou em nossas casas nos indicava que isso era a coisa mais importante que acontecia no Canadá - éramos os legisladores da humanidade, tínhamos uma função redentora. Íamos restaurar a vitalidade através da linguagem, conferir significado à nossa experiência e à experiência do País. Eram noções desvairadas e extravagantes que passavam pelas nossas cabeças".
LEONARDO COHEN, POETA, CANTOR E COMPOSITOR (Em depoimento a Mikal Gilmore no livro Ponto Final, recém-lançado pela Companhia das Letras, tradução de Oscar Pilagallo)
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4 comentários:
pede pro garoto descobrir o que significa o grafite
ahá! tá cobrando o crédito!
ooooooooooohhhh, okey!
sorry about that, mercenária!
jota: tem razão. parece a atmosfera de londrina no início dos 80. acho que aquele ambiente formou a identidade de muitos de nós. grande abraço
è vero, pindas!
naquela época, de londrina a tulum era um pulinho!
e o peixe amanhã? tem condições de assar um gambá?
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