quinta-feira, 11 de março de 2010

NOS LENÇÓIS DA PRIMEIRA-DAMA













o ator, músico, cantor e compositor benjamin biolay, pivô de um quadrângulo amoroso na frança





Para não acusarem esse blog de não ter apreço pela mundanidade, aqui vai um mergulho na fofocalândia.
Não se fala em outra coisa na França: a primeira-dama do País estaria tendo um affair com um músico e ator parisiense, Benjamin Biolay (o marido, Sarkozy, estaria, por seu turno, checando mais do que a agenda da Ministra do Meio Ambiente).
Acontece que Biolay esteve aqui há dois anos. Em abril de 2008, tocou no Sesc Vila Mariana.
É um músico fantástico. É a cara do Benício del Toro (eu achei que tinha também algo a ver com Jack White). Biolay recusou um cheque de 200 mil euros para participar de um júri musical para um programa do tipo Ídolos. “Não foi por pedantismo, por algum
tipo de desprezo. Amo assistir a televisão, não tenho nada contra a TV. Mas
eu tinha trabalho na ocasião, realmente não podia ir.”
Conversei com ele na ocasião. Muito esperto - agora, revelou-se bem mais do que eu imaginei na época.





“A comparação com Benicio del Toro é mais frequente, mas fico agora lisonjeado com essa comparação com Jack White, porque é um artista que admiro muito, tem grande presença de palco”.

Não ficou tão feliz com a comparação com Serge Gainsbourg, no entanto. “Não
gosto. Amo a música de Gainsbourg, sua qualidade artística, o tom avant-garde de algumas de suas composições. Mas acho que temos marcadas diferenças, ele tinha notadamente mais escracho e ironia. Não acho que sejamos comparáveis”.

Biolay não era a favor da tese de que uma geração tem de se contrapor a outra, negar os expoentes da geração precedente:
“É preciso conhecer o que veio antes. Os artistas de carreira longa, como Charles Aznavour, em geral são grandes artistas. Você não precisa carregar a herança de Serge Gainsbourg, mas não lhe fará mal conhecê-la. Pelo contrário. Eu amo a tradição”.

“Quando sou ator, estou nas mãos dos diretores. Na música, diferentemente da estratégia godardiana, nada funciona assim. A colaboração é imprescindível. A vida de um músico se passa na estrada, entre músicos. Tudo é compartilhado”.

“Gosto de Daft Punk, mas eu prefiro jazz. Não tenho grande afeição por rótulos como 'nova cena francesa' ou 'nouvelle chanson', são criações de produtores da Télérama, e não se aplicam à vida real dos músicos franceses".

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