terça-feira, 30 de junho de 2009
TODO MUNDO TRAIU MICHAEL JACKSON
não foi eu quem pediu, mas talia lenore, de 23 anos, me mostrou em qual parte do corpo ela carrega michael jackson
Eu vi de perto o pai de Michael Jackson, e ele não me causou boa impressão. Nunca parecia emocionado. Anda com uma publicist a tiracolo (uma assessora de imprensa), que o aconselha no meio das entrevistas a evitar este ou aquele assunto. Ele sempre obedece.
Eu estava lá na rua Carolwood quando a irmã de Michael, Janet Jackson, chegou com três caminhões de mudança à casa onde o cantor vivia, para levar todos seus objetos pessoais, apenas 32 horas após a morte do irmão. Não dava para esperar um pouco? Janet não me causou boa impressão.
Eu não gosto de ser lombrosiano, então deixei o tempo assentar as impressões. Não demonstrar emoção pública não quer dizer que não se tem coração.
Daí o pai de Michael, Joe, foi à CNN e ficou um tempão fazendo comercial dos seus novos negócios, falando de um novo selo musical que pensa em lançar, Ranch Records.
Caramba, o cara perdeu um filho e só pensa em faturar? (Ainda por cima, mostrou que é um laranja: selos musicais não são mais bom negócio há pelo menos uns cinco anos).
Michael confiou em algumas poucas pessoas na vida.
Duas dessas pessoas, Uri Geller e Deepak Chopra, estão em todos os canais de TV dando dezenas de entrevistas sobre a intimidade do “amigo”. Contam tudo, opinam sobre tudo. Há quem diga que recebem cachês por isso.
O ex-advogado, Brian Oxman, está por aí falando sem papas na língua. Diz que não sabe nem quantos remédios o astro tomava. Advogados não deviam preservar a intimidade de seus clientes? Uma semana antes, os relatos de Oxman eram incrivelmente diferentes.
A ex-babá está por aí contando barbaridades. Trabalhou 17 anos para o cara, e só depois de sua morte resolve abrir a matraca?
Bloqueado na infância de um jeito triste pelo pai (que, pelo que consta, nunca trabalhou na vida, vivendo sempre às custas da exploração dos filhos), Michael passou a idade adulta cercando-se de picaretas e mendigando lascas da infância alheia.
Levou alguns garotos para sua Neverland, playground que não lhe foi permitido quando moleque. Um desses garotos, doente, esteve ali com a mãe, o médico e todo mundo. Pouco tempo depois, a mãe do garoto processou o Rei do Pop, mas logo fez um belo acordo para calar a boca.
Que tipo de mãe releva abuso sexual do filho por um punhado de dólares?
Gente boa?
A ex-mulher de Michael, a enfermeira Debbie Rowe (em quem ele confiou para conseguir ter filhos, coisa que lhe parecia impossível), aparentava ser maternal e compreensiva com ele. Deu-lhe duas criaturas. Assim que teve os filhos, entretanto, processou Michael para obter grana e se mandou, largando os filhos para trás.
A filha de Elvis, Lisa Marie, sua outra mulher, com quem foi casado 20 meses,, saiu do casamento chamando-o de Flower Girl.
Michael Jackson confiou num documentarista chamado Martin Bashir, que usou métodos de alta traição pessoal (“Me ensina a dançar, querido Michael?”) para ganhar a confiança do entrevistado e retratá-lo como um freak alucinado. Bashir manipulou imagens e depoimentos para passar a idéia de uma confissão pública. Quase ajudou a condenar Michael.
A imprensa de celebridades, deliciada com sua imagem bizarra, vendeu sempre muito cavalgando suas extravagâncias. E foi a primeira a condená-lo precocemente não só pela pedofilia mas também pelo uso indiscriminado de porcarias.
Michael raramente foi visto em cenas de afeto ou convivência harmoniosa com os irmãos ou os pais. Não comia com eles em restaurantes, não iam a teatros ou shows juntos e eles não foram dar uma força para o astro durante seu traumático julgamento.
Como outros órfãos do show biz (Judy Garland, Sammy Davis Jr., Tatum O'Neal, River Phoenix, e atualmente Lindsay Lohan e Amy Winehouse) , Michael Jackson nunca teve uma casa de verdade em sua vida.
Não me entendam mal, não estou embarcando naquela tese do “pobre menino rico”. Jackson fez suas escolhas. Podia, por exemplo, ter ido morar longe, sepultar o passado na Riviera Francesa, mas ficou vagando ali pela vizinhança da casa paterna, tentando impressionar com um rancho mirabolante em Santa Barbara ou uma mansão de R$ 200 mil por mês nas imediações de Sunset Boulevard. Parecia querer ainda impressionar aqueles que o desprezaram.
Que Michael era um desajustado, nisso todos concordamos. Mas, perto de seus parentes, amigos e entourage, no entanto, Michael Jackson foi um cara normalíssimo.
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9 comentários:
Jotabê, obrigada pelo melhor texto DE TODOS sobre esse círculo mórbido que sugou o cara por todos esses anos. Thanks a lot!
Finalmente... já estava na hora de alguém escrever algo sensato sobre o Michael.
Revi o documentário do Bashir ontem e percebi o quanto ele foi manipulador durante a entrevista. Tanto que o Michael quase chora em uma hora; é de partir o coração.
Sobre as histórias de pedofilia, não consigo acreditar que ele tenha "abusado sexualmente" de crianças. Ele pode até ter se envolvido, mas em uma relação de igual para igual... sem violência e abuso.
Ops... Me empolguei no comentário!
ótimo texto! :p
Parabéns pelo texto... sensacional!
É muito bom saber que há pessoas que concordam com a opinião que tenho sobre Michael Jacson.
Eu realmente não acredito que ele tenho abusado de crianças e fico extremamente chateada de saber como o ser humano é podre.
É impressionante ver a capacidade que o homem tem de ser hipócrita e mentiroso. Estou muito chocada com as revelações que estão sendo feitas pelas pessoas mais próximas a ele e também triste de saber que Michael era rodeado por mentiras (algumas todas nós já conhecíamos)...
Um bjo e parebéns pelo blog!
muito bom cara!
é verdade muito bom seu texto vc falou tudo como é q uma pessoa pode ser enganada tanto tempo pelas pessoas q diziam ser seus amigos q maldade e aquele pai então que fazia tanta maldade contra ele deve ser poriço q ele tentou mudar tanto.
bjo e obrigado pelo seu texto
"(que, pelo que consta, nunca trabalhou na vida, vivendo sempre às custas da exploração dos filhos)". O Joe Jackson pode ser um filho da puta mas falar que ele nunca trabalhou na vida é foda, ele tinha dois empregos para sustentar a família, e ele deixou os empregos para fazer com que a banda dos filhos desse certo!
Você escreveu tudo o que sempre pensei de Michael, é como você disse, ele poderia sair de cena, prá qualquer lugar do mundo, mas a condição psicologica dele não o permitia.Parabéns pelo texto.
Parabéns pelo texto! Concordo em gênero e grau. Infelizmente , ele parecia mesmo estar cercado de pessoas interesseiras e que não o amavam de verdade. Como diria uma colega:"ele estava perdido e mal pago".É verdade,todos somos responsáveis pelas nossas escolhas, mas eu, como mulher, e também como fã que o amava(ainda amo), só não consigo deixar de sentir pena, de lamentar pelo que aconteceu com ele. Nada me tira da cabeça que ele não precisava terminar assim...Choro por isto.Mas o que se há de fazer agora?Descanse em paz pequeno gênio!...
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