segunda-feira, 25 de agosto de 2008
PORCOS SEM ASAS
duas ou três coisas que, como modesto observador da política, posso entrever nas recentes pesquisas eleitorais:
kassab não cresceu: oscilou positivamente dentro da margem de erro de três pontos. na melhor das hipóteses, teria voltado aos índices que tinha no começo do ano. para quem tem quatro ou cinco inserções publicitárias diárias em cada espaço comercial na TV, devo dizer que o prefeito neobiônico não é um fato novo a se destacar. está longe disso.
alckmin cai progressivamente, e se isola cada vez mais na campanha – entre o fogo amigo tucano e a a voracidade dos demos. mas foi candidato à presidência, e é pouco provável que o derrubem facilmente – terão de revelar publicamente que sua gestão foi uma das mais medíocres das últimas décadas, que quase aniquilou o ensino público, que havia focos de corrupção e desvios em muitas áreas (até em setores “modelo”, como o projeto guri, segundo o atual secretário de Cultura). mas isso pode ser um tiro no pé, porque a gestão não foi só dele, teve apoios incondicionais de tudo quanto é lado.
maluf corre por fora, e é capaz de atropelar na reta. o malufismo ressuscitou nos táxis e nos rincões mais rancorosos da política da cidade, é fácil de perceber. não subestimem o velho populista (sim, ele deveria estar em cana, mas sempre haverá um gilmar no STF para livrar sua cara, no final do processo).
soninha é uma das piores decepções da política nos últimos tempos. adesista, despolitizou-se para ter uma legenda de aluguel, e não consegue apresentar-se como uma alternativa à velha ordem. não cresceu, nem vai: se bobear, chega atrás do ciro moura ou do levy fidelix.
marta se faz de boa samaritana para não comprometer seu índice nas alturas, mas devia parar com essa papagaiada publicitária e apresentar uma nova proposição para uma cidade com o trânsito caótico, a educação pública sucateada, as periferias abandonadas, a falta de espaços públicos e políticas para os jovens, entre outros problemas. seus 41%, por sinal, não representam muita evolução – no início da campanha, já tinha 38%.
foto: nana
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